domingo, 16 de maio de 2010

FRUSTRAÇÃO ECONÔMICA NO GOVERNO FHC

Os planos econômicos dos dois mandatos de governo de FHC foram com base na macro economia, porém não se esperava que a economia mundial tivesse varias turbulências durante o seus mandatos e resultados negativos para economia brasileira. A política econômica do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) deu absoluta ênfase à consolidação do ambiente de estabilidade de preços. Durante todo o período, foi mantido um regime cambial semifixo, baseado na administração de estreitas bandas de flutuação. Permitiu-se uma desvalorização cambial a um ritmo relativamente estável, porém insuficiente para a redução do desequilíbrio do mercado em relação ao câmbio real de equilíbrio. No segundo mandato, a sucessão de choques externos desfavoráveis, em presença de desequilíbrios que foram acumulados no esforço de estabilização durante o primeiro mandato, terminou por comprometer o crescimento e reforçaram o processo de fadiga das reformas estruturais, especialmente a reforma tributária e o aperfeiçoamento do marco regulatório. Assim, o novo papel regulador do Estado foi implementado apenas parcialmente. Tais circunstâncias impediram uma elevação da taxa de investimento e uma retomada sólida da economia Finalmente, cabe notar que a política macroeconômica não é tudo. A atenção às reformas deveria estar contida em um projeto maior voltado para o desenvolvimento. As reformas em si deveriam considerar a necessidade de maior estímulo à inversão produtiva, além de incentivo ao aumento da produtividade total dos fatores. Mas, além das reformas, é essencial voltar a atenção para um projeto de desenvolvimento que inclua muitos aspectos de gestão da política econômica, como a necessidade de redução do risco regulatório no Brasil.

Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702003000200008

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